Muito prazer aos que estiverem lendo minhas memórias esquecidas neste diário. Acredito que um nome pode definir uma personalidade. Chamo-me Luiz, que vem do Latim e a palavra que permeia o significado deste nome é Coragem. Sempre fui muito audacioso e nunca temi o futuro. Começo, hoje, a escrever minhas memórias. Já que estou no fim de minha jornada e meu grandioso pai já está para me levar ao seu encontro. O dia amanheceu nublado. E a falta do sol dá um aspecto macabro as casas. Observo o caminhar das pessoas pela janela. Cada um com um aspecto diferente, alguns com uma centelha de vida, outros mortos dentro de si.
Lembro de quando meu pai chamou-me para a vida espiritual. Tinha 15 para 16 anos e aflorava dentro de mim o desejo carnal. Não podia ver uma mulher de saia que o sangue se concentrava em um ponto de meu corpo. Porém sempre tive uma vida religiosa muito forte. Batizei-me, como todo católico, logo que nasci e casei-me com minha religião. Participava de todas as missas e cultos, mas não podemos superar o instinto animal dentro de nós, apenas controlá-lo.
Lembro de estar na capela rezando quando algo inexplicável aconteceu. Perdi as forças de meu corpo e cai. Senti algo entrar em minha carne e vi o senhor com suas mãos esticadas chamando-me. Cheguei perto dele e seus dedos tocaram minha face. Logo me vi caminhando por entre as ruas, professando sua palavra e disseminando o seu amor, que, segundo ele, estava esquecido dentro das igrejas. Vi uma mulher ao meu lado protegendo-me de mim mesmo. Então voltei a meu corpo e um impulso fez-me sair da capela e nunca mais voltar para meu lar.
Espero que meus pais, ao lerem estas memórias, entendam-me. Eu tinha que atender ao chamado do senhor e já não tinha mais tempo. O mundo estava caindo em desgraça e o carnal estava vencendo a luta contra o amor. Saí do templo para entrar na história, não do mundo, pois nunca tive essa pretensão, nem tampouco da bíblia. Sai da capela para entrar n a história de algumas pessoas e modificar as suas vidas.
Agora, Morfeu me chama para seus braços. O sono já não permite escrever estas linhas. Talvez alguns detalhes faltem na minha história, mas espero que todos entendam os ensinamentos que tentarei passar em meus breves contos. Toda caminhada começa com um pequeno passo e este foi o meu.
terça-feira, 2 de fevereiro de 2010
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